História única – Sobre as demolições em Santa Filomena

Breve notas do que aconteceu ontem em frente a Câmara Municipal da Amadora (CMA)

Somos cerca de 60 pessoas, inclusive moradores de Santa Filomena que montamos uma casa com os destroços das que foram destruídas e objectos deixados por baixo dos escombros em frente a Câmara, distribuímos um folheto informativo sobre o processo desalojamento (ver anexo) na estação da Amadora e a reacção das pessoas foi muito boa. Antes da Assembleia Municipal, realizamos também uma assembleia, onde foram apresentadas várias propostas como por exemplo a regularidade de acções em frente a CMA e da necessidade de mobilizarmos mais pessoas dentro e fora dos bairros para esta campanha de solidariedade, gritamos palavras de ordem, cantamos e  dançamos ao som dos Ritimos de Resistência.

Quando nos preparávamos para entrar no edífico da Câmara, onde se realizam as Assembleias Municipais, à Polícia Municipal  impediu-nos de entrar e empurrou alguns de nós de forma abusiva.

No ínicio da sessão da Assembleia, três pessoas tomaram a palavra e expuseram o incidente acima referido, a violência exercida pelo funcionários da CMA (Câmara Municipal da Amadora) e das forças policiais (PSP e Polícia Municipal) contra os/as moradores durante as demolições e anunciaram à apresentação de uma queixa-crime contra o CMA e Estado de abuso dos direitos humanos.

Sábado, dia 20 às 14.30 na sede do SOS Racismo, Rua Dom Luís de Noronha nº 17, 1º Esquerdo

Este encontro foi (re) agendado ontem durante à accção de solidariedade com os/as moradores/as Santa Filomena para aprofundar a discussão sobre violência policial e o racismo intitucional com objectivo de definir acções para denunciar os abusos cometidos pelas forças policiais  nas rusgas expeditivas nos bairros, demolições de casas e operações-stop nas zonas periurbanas. Estas operações tem resultado em mortes, agressões fisicas, verbais e detenções arbitrárias nas esquadras. Por issó é urgente quebrar o muro de silêncio sobre estes casos.

Ferguson (EUA) é lá e também é aqui…  juntos podemos criar uma plataforma de monitorização e denúncia dos abusos cometidos pelas forças de segurança.

A discussão é aberta a todos/as e contamos com a tua presença e os contributos também podem ser enviados por email.

Domingo, dia 21 às 15.00  no Bairro do Santa Filomena apresentação do Livro “Na Pó Di Spera. Percursos nos Bairros da Estrada Militar, de Santa Filomena e da Encosta Nascente” de Sónia Vaz Borges

«Quando não se tem outro lugar para ir ou para ficar, quando se espera por alguém ou por alguma coisa, quando não se tem o que fazer no momento, quando se está a descansar durante uns momentos na soleira de uma porta, ou simplesmente se está parado em algum lugar, estamos todos «na pó di spéra». É nesta marcha de eterna espera e de futuro incerto, neste ritmo de sair ou de ficar, de partir sem saber para onde ou quando, que se encontra parte da Estrada Militar, Encosta Nascente , Santa Filomena e seus habitantes»

Para os interessados/interessadas em ir a este evento, o ponto de encontro, estação do Rossio em frente às bilheteiras às 14.20 e apanharemos o comboio às 14.38 e para os que moram na Amadora e arredores  encontramo-nos em Santa Filomena.

3ªfeira, 23 de Dezembro, às 19.00 Santa Filomena

Reunião com os moradores para definição das próximas acções.

Ponto de encontro a entrada  do bairro.

Todos/as são convidados/as a participar

SOS Racismo

Organização sem fins lucrativos que combate o racismo na sociedade portuguesa. Tem como principais objetivos promover a reflexão, denunciar e intervir com vista a uma sociedade que respeita a igualdade de direitos para tod@s, sem discriminações.